Uma intensa troca de tiros entre a Polícia Militar de Rondônia e membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) resultou na morte de sete suspeitos no bairro Baixa União, em Porto Velho, na última segunda-feira (21).
De acordo com informações divulgadas pelas autoridades, os indivíduos mortos foram identificados como Alisson (conhecido como “Matador do PCC”), Leandro, Edson, Iago Henrique, Richard André, Paulo Henrique (vulgo “CR7 do PCC”) e Vinícius Gustavo.

Segundo a Polícia Militar, o grupo estava reunido em uma residência localizada em uma área conhecida como Beco do São João, na região central da capital. As autoridades já possuíam informações de inteligência sobre a reunião, que supostamente estaria relacionada ao aniversário de um ano da morte de Raid, também integrante do PCC, ocorrida em 2 de julho de 2024.
Ao cercarem o local, os policiais foram recebidos a tiros, desencadeando o confronto armado. “Durante o cerco, houve troca de tiros e sete indivíduos foram neutralizados”, informou a PM. Inicialmente, foi divulgado que oito pessoas haviam morrido, mas uma delas foi socorrida com vida e está internada em estado grave na UTI do Hospital João Paulo II, em Porto Velho.
O comandante-geral da Polícia Militar de Rondônia, Coronel Braguim, destacou a atuação dos policiais:
“Acabamos de concluir uma operação com o Batalhão de Patrulhamento Tático de Ação Rápida (Bepetar), que resultou na neutralização de oito criminosos fortemente armados. A Polícia Militar está nas ruas com firmeza e estratégia para preservar a ordem, combater o crime e garantir a segurança dos cidadãos”, declarou o coronel em vídeo divulgado pela corporação.
Conflito entre facções e ameaças
A motivação do encontro entre os membros do PCC teria ligação com o assassinato de Raid, ocorrido em 2024. Na ocasião, imagens de câmeras de segurança mostraram o momento em que ele foi surpreendido em uma lanchonete pelo criminoso conhecido como “W do CV” (Comando Vermelho). A companheira de “W” aparece nas imagens e dispara vários tiros de pistola calibre .45 contra a cabeça de Raid, que morreu no local. A companheira de Raid também foi atingida, mas sobreviveu. O autor dos disparos foi posteriormente preso e encontra-se atualmente no sistema prisional.
Após os eventos recentes, um suposto “salve geral” atribuído ao PCC viralizou nas redes sociais. A mensagem afirma que, a partir de 2 de julho de 2025, “todas as autoridades do Estado de Rondônia estão decretadas”, e que qualquer membro da organização que se deparar com um policial deve “matá-lo”.
A Polícia Civil de Rondônia emitiu nota informando que irá instaurar inquérito para investigar as mortes durante a operação.
“Estamos apurando todos os fatos. Será aberto inquérito policial para apurar a legalidade da ação e os desdobramentos da operação”, informou a corporação.
Reflexos na rotina da capital
Por questões de segurança, os ônibus do transporte coletivo de Porto Velho foram recolhidos por volta das 21h da mesma noite, como medida preventiva contra possíveis ataques. Já na manhã do dia seguinte, o serviço foi normalizado.
A situação ainda é de alerta máximo, e as autoridades reforçam o patrulhamento ostensivo em áreas estratégicas da capital.
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