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quinta-feira, agosto 28, 2025
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Famílias rejeitam culpa ao piloto por queda da Jeju Air

Uma investigação sobre o desastre aéreo mais mortal da Coreia do Sul concluiu que o piloto desligou, por engano, o motor errado, segundo relatos da mídia local.

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Das 181 pessoas a bordo do voo 2216 da Jeju Air, apenas duas sobreviveram após a aeronave colidir com uma barreira de concreto em dezembro, durante uma tentativa de pouso no Aeroporto Internacional de Muan, depois de um impacto com uma ave em um dos motores.

A divulgação do relatório final da investigação, prevista para o último fim de semana, foi adiada após protestos das famílias das vítimas, que já haviam sido informadas sobre as conclusões.

As famílias acusaram os investigadores de colocar a culpa apenas no piloto, ignorando outros fatores que contribuíram para o acidente.

Na manhã de 29 de dezembro, os pilotos do voo 2216 relataram uma colisão com ave e fizeram um pedido de socorro (mayday) enquanto se aproximavam da pista de pouso.

Em seguida, tentaram pousar pela direção oposta. Um vídeo mostra o avião realizando um pouso de barriga – sem o trem de pouso – e deslizando pela pista até atingir uma barreira de concreto.

Os dois motores da aeronave foram enviados à França em março para análise. Segundo as descobertas recentes da Junta de Investigação de Acidentes de Aviação e Ferrovia da Coreia do Sul, o piloto teria desligado o motor esquerdo, que não apresentava defeitos, em vez do motor direito, que estava severamente danificado pelo impacto com a ave.

No entanto, as famílias das vítimas disseram que o relatório não mencionou a barreira de concreto no final da pista, alegando que esse foi o fator que tornou o acidente tão devastador.

“Os familiares enlutados exigem uma investigação justa e transparente sobre o acidente”, disseram em comunicado.
Também pediram que os investigadores realizem uma coletiva de imprensa “apenas após uma análise completa e cuidadosa ter sido concluída”.

Em nota divulgada no domingo, o sindicato dos pilotos da Jeju Air também criticou as conclusões do relatório por focar na suposta falha de julgamento dos pilotos e minimizar outros fatores contribuintes.

No entanto, uma fonte com conhecimento da investigação disse à agência Reuters que os investigadores não mudarão suas conclusões, pois têm “evidências claras e dados de apoio”.

Após o acidente, o Ministério dos Transportes da Coreia do Sul anunciou, em janeiro, que removeria barreiras de concreto em sete aeroportos do país.

Em maio, as famílias das vítimas apresentaram uma queixa criminal contra o CEO da Jeju Air, Kim E-bae, por negligência profissional. Kim está entre as 24 pessoas que estão sendo investigadas em relação ao acidente.

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